quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Só quem carrega, sabe o peso. Vocês podem imaginar, como é carregar o fracasso sentimental entranhado até as raízes na sua vida e no seu coração? Um decepção somada a outra, e hoje sou um cordeiro medroso. Isso, um cordeiro medroso, que ingênuo, se coloca na frente do coiote, e de repente descobre que está no lugar errado, na hora errada. Sou um cordeiro medroso. Tão medroso em sua forma, que passo os dias me escondendo. Ouvi não de uma, mas de várias pessoas, que estou brilhando, estou brilhando, e isso para mim, significa: estou me expondo, vou ficar na mira do coiote. Esconda-se!! Recolha-se!!!
Mas já não há mais tempo, estou no vale aberto, sem arbustos para me enfiar, sem buracos no chão para me esconder, como um avestruz. Eu cavo minha cova na comédia, porque quando o rosto sorri, chamamos a atenção para boca, e esquecemos de olhar nos olhos alheios. Ninguém pode me ver! Eu acho!

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